HOTéIS Já ESTãO 50% A 90% CHEIOS PARA O VERãO

As reservas realizadas variam muito por regiões, com Açores e Madeira a evidenciarem níveis altos e no geral esperando-se mais vendas de ‘last minute’, segundo o recente inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP)

A maioria dos hoteleiros em Portugal está a dar conta de reservas que atingem 50% a 89%% da ocupação para o período do verão, entre junho e setembro, segundo inquérito aos associados realizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), e que decorreu em maio.

“Gobalmente, a expetativa dos hoteleiros para o período do verão é muito positiva”, salientou Cristina Siza Vieira, vice-presidente da AHP, na apresentação dos resultados do inquérito, lembrando qe o “fenómeno das reservas last-minute veio para ficar”, e “ainda há muito espaço para crescer em relação ao verão”.

No geral, 89% dos hoteleiros inquiridos anteciparam que a taxa de ocupação do período de verão será igual ou melhor do que em 2023, destacando-se como os mais “otimistas” os que se localizam na região Centro e na Península de Setúbal.

Numa análise mais fina, em relação ao mês de junho, 70% dos hoteleiros antecipam uma taxa de reserva entre os 50% e os 89% (e, para 43%, as reservas já asseguram mais de 70% da ocupação). O destaque vai para a Madeira, onde quase 100% dos inquiridos dão nota de reservas de mais de 70%, nível também verificado por 86% dos hoteleiros nos Açores.

Em relação ao mês de julho, na média nacional, 67% dos hoteleiros dizem ter de momento reservas que asseguram 20% a 69% da ocupação, destacando-se valores mais altos nos Açores, em que a quase totalidade dos inquiridos avançaram ter noites já reservadas acima dos 70% da capacidade. O caso oposto é o do Alentejo, com o nível mais baixo, e apenas metade dos hotéis a reportarem reservas de mais de 20%.

69% dos hotéis esperam “proveitos melhores ou muito melhores” que 2023

Em agosto, o mês de pico da época alta, 63% dos hotéis registam reservas entre 20% e 69%, evidenciando-se regiões como a Madeira e o Algarve, onde a grande maioria das unidades está com taxas superiores a 50%.

E em setembro, “mês que tem cada vez melhor performance na média nacional”, como nota Cristina Siza Vieira.

O aumento do preço médio no verão, que representa “uma aposta forte” no sector, foi evidenciado por 70% dos hoteleiros, e também com predominância dos que dizem ter vendas reforçadas por canal próprio, sem intermediários, o que permite atingir um melhor nível de receitas.

“Os proveitos totais são previstos como melhores ou muito melhores para 69% dos inquiridos”, salientou Cristina Siza Vieira, realçando que as perspetivas são diferentes por regiões e “ainda há muito trabalho a fazer ao nível de sazonalidade ou de descentralização”.

O presidente da AHP, Bernardo Trindade, também frisou que “a grande questão que se coloca a todos os hoteleiros é que cada unidade de receita fica-nos hoje mais cara, seja pelo custo de mão-de-obra ou por encargos financeiros”. O responsável da associação hoteleira pôs a tónica nos “encargos de exploração que estamos a assumir, e é uma interrogação sabermos se vão permitir manter o nível de resultados no final do ano”, independentemente das perspetivas positivas a nível de ocupação.

2024-06-07T16:45:14Z dg43tfdfdgfd